terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Uma lista com 51 curiosidades bíblicas, muita coisa que você não sabe está aqui. Então mate sua curiosidade e conheça super curiosidades do Livro dos livros:
  1. No ano de 1250 o cardeal Caro dividiu a Bíblia em capítulos, que foram divididos em versículos no ano de 1550, por Robert Stevens.
  2. A Bíblia inteira foi escrita num período que abrange mais de 1600 anos.
  3. É uma obra de cerca de 40 autores, das mais variadas profissões: de humildes agricultores, pescadores até renomados reis.
  4. O Antigo Testamento foi escrito em hebraico, com exceção de algumas passagens em Esdras, Jeremias e Daniel que foram escritas em aramaico.
  5. O Novo Testamento foi escrito em grego.
  6. O Codex Vaticanus é provavelmente o mais antigo exemplar da Bíblia em forma completa.
  7. A primeira tradução completa da Bíblia para o inglês foi feita por Wycliffe, em 1380.
  8. Martinho Lutero foi o primeiro tradutor da Bíblia para a língua do povo alemão.
  9. Na biblioteca da Universidade de Gottingen, Alemanha, existe uma Bíblia que foi escrita em 470 folhas de palmeira.
  10. O Livro mais antigo da Bíblia não é o Gênesis, mas Jô. Acredita-se que foi escrito por Moisés, quando esteve no deserto.
  11. O primeiro Salmo encontra-se em II Samuel 1:19-27, uma elegia de Davi em memória de Saul e seu filho Jônatas.
  12. A Bíblia contém 1189 capítulos e 31102 versículos.
  13. Ester 8:9 é o maior versículo da Bíblia.
  14. No livro de Ester e no livro de Cantares não se encontra a palavra Deus.
  15. O Antigo Testamento termina com uma maldição, e o Novo Testamento termina com uma benção.
  16. O último livro da Bíblia a ser escrito foi III João.
  17. Há 3573 promessas na Bíblia.
  18. O livro de Isaías assemelha-se a uma pequena Bíblia: contém 66 capítulos; os primeiros 39 falam da história passada, e os 27 restantes apresentam promessas do futuro.
  19. Dos quatro evangelistas só dois andaram com Jesus; Marcos e Lucas não foram seus discípulos.
  20. Todos os versos do Salmo 136 terminam com o mesmo estribilho: “Porque a Sua misericórdia dura para sempre.”
  21. O profeta que veio depois de Malaquias foi João Batista.
  22. Judas foi o único dos doze apóstolos que não era Galileu.
  23. João era o discípulo mais jovem dos doze.
  24. Os versículos 8, 15, 21 e 31 do Salmo 107 são iguais.
  25. Matusalém, o homem mais velho da Bíblia, morreu antes de seu pai, Enoque, que ascendeu ao Céu.
  26. Ló era o pai de Moabe e Bem-ami, e também o avô dos dois porque “as duas filhas de Ló conceberam do próprio pai”. (Gen. 19:36-38)
  27. 42 mil pessoas perderam a sua vida por não saberem pronunciar a palavra Shiboleth. (Juízes 12:5, 6)
  28. Adão não teve sogra.
  29. A única idade de mulher que se menciona na Bíblia é a de Sara (Gên. 23:1)
  30. A primeira cirurgia foi realizada por Deus, quando tirou uma costela de Adão. (Gên. 2:21,22)
  31. Além de Jesus, Elias e Moisés foram os únicos homens que jejuaram 40 dias e 40 noites. (I Reis 19:8 e Deut. 9:9)
  32. A arca de Noé tinha três andares. (Gên. 6:16)
  33. O Salmo 119 é o mais longo da Bíblia, é um acróstico. Os 176 versículos acham-se divididos em 22 seções de oito versos cada uma, correspondendo a cada uma das letras do alfabeto hebraico.
  34. Em Gate houve um homem de grande estatura, que tinha 6 dedos em cada mão e em cada pé. (II Samuel 21:20)
  35. Elias teve o privilégio de comer uma refeição preparada por um anjo.
  36. Existem muitos dados curiosos relativos às estatísticas bíblicas. Um dos números que mais aparece na Bíblia é o 7. Entre os Hebreus este número era considerado sagrado e símbolo da perfeição.
  37. Noé tinha 600 anos quando terminou a arca.
  38. O sábio Salomão deixou mais de três mil provérbios.
  39. A operação matemática mais rendosa foi efetuada por Jesus quando multiplicou 5 pães e 2 peixes para alimentar a mais de cinco mil pessoas e ainda sobraram 12 cestos cheios.
  40. Talento era uma moeda grega que valia o equivalente a uns mil e quinhentos dólares.
  41. Judas vendeu a Jesus por 30 moedas de prata, equivalentes a uns 20 dólares.
  42. Calcula-se que o presente que Naamã ofereceu a Eliseu, do qual Geazi finalmente se apropriou, equivalia a uns 48.000 dólares.
  43. Tiago, filho de Zebedeu, foi o primeiro dos apóstolos a morrer por sua fé. Foi decapitado a espada por ordem do rei Herodes Agripa I, por volta do ano 44 de nossa era.
  44. Paulo, o grande apóstolo dos gentios, foi decapitado em Roma por ordem do tirano Nero.
  45. Em I Samuel 17:18, o queijo é mencionado pela primeira vez na Bíblia.
  46. Em juízes 14:18 encontramos um dos exemplos mais antigos de enigma.
  47. Dois reis dos Amorreus foram postos em fuga por vespões.
  48. A última cidade mencionada na Bíblia é a cidade santa. (Apoc. 22:19)
  49. Salmo 117 é o capítulo mais curto da Bíblia
  50. Salmo 118 é o capítulo que está no centro da Bíblia. Há 594 capítulos antes e depois do Salmo 118
  51. O Versículo que se encontra no centro da Bíblia está em Salmo 118:8
Gostou das lista de curiosidades? Conhece alguma que não está nela? Então aproveite e compartilhe conosco nos comentários.
Um grande abraço e até a próxima! Fique com Deus!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015


Salmo 126: A Alegria, o Clamor e o Chamado da Salvação

Texto do Salmo 126 (tradução Almeida Revista e Atualizada - ARA)
Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha.
Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o SENHOR tem feito por eles.
Com efeito, grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso, estamos alegres.
4 Restaura, SENHOR, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe.
Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão.
Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.

INTRODUÇÃO
O Salmo 126 é um cântico de romagem, ou cântico das subidas, ou seja, um cântico que os judeus cantavam enquanto se dirigiam alegremente ao Templo em Jerusalém.
O Salmo 126 foi escrito durante o período da dominação Persa, por judeus que vieram do exílio na Babilônia. A monarquia havia chegado ao fim; os babilônios haviam destruído o Templo e a cidade de Jerusalém, e levado cativos a liderança política, religiosa e militar de Jerusalém que havia sobrevivido aos conflitos.
Conforme a narrativa bíblica, o SENHOR chamou a Abração para fazer dele uma grande nação. De Abraão veio Isaque, de Isaque, Jacó, de Jacó vieram 12 filhos e uma filha. Dos filhos de Jacó vieram as 12 tribos de Israel. Os filhos de Israel foram escravizados no Egito por 400 anos, mas libertados pelo SENHOR através de Moisés, que conduziu o povo pelo deserto por 40 anos, tempo em que o SENHOR entregou a sua Lei (Torá - instrução) e manifestou a sua presença. Josué, servo de Moisés, conduziu o povo para a conquista da terra de Israel, período seguido pelos juízes, ou libertadores. Após o estabelecimento da monarquia, cujos primeiros reis foram Saul, Davi e Salomão, o reino foi dividido ao meio: o reino do norte, Israel, cuja capital era Samaria e cujo primeiro rei foi Jeroboão, por um lado, e por outro lado o reino de Judá, cuja capital era Jerusalém e o primeiro rei, Roboão, filho de Salomão. O reino do norte, Israel, foi destruído pelos Assírios em 722 a.C., e o reino do sul, Judá, chegou ao fim em 587 a.C., pelos Babilônios, liderados por Nabucodonozor.
O SENHOR havia feito um chamado claro para Israel:
Antes de subir ao Monte Sinai, para receber as tábuas da Lei, o SENHOR ordenou que Moisés dissesse aos filhos de Israel:"Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel" (Ex 19.5-6).
Jeremias, que profetizou no final da monarquia e viveu nos dias em que Jerusalém foi destruída pelos babilônios, afirma:"Naquele tempo, diz o SENHOR, serei o Deus de todas as tribos de Israel, e elas serão o meu povo. (...) Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo" (Jr 31.1,32-33).
Diante da infidelidade do povo, que segundo afirma Jeremias não foi fiel ao seu chamado, tendo anulado a aliança feita com o SENHOR, Deus não deixou de agir com misericórdia, graça e salvação para com o povo de Israel.

1) A ALEGRIA DA SALVAÇÃO (vv. 1-3)
Na Babilônia, os exilados suspiravam por Jerusalém: "Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?" (Sl 137.1-4).
Quando Ciro, o persa, conquista a Babilônia, ele autoriza o retorno dos judeus para a terra de Israel (Ed 1.1-4).
O livro do profeta Isaías falou acerca do persa Ciro: "Eu, na minha justiça, suscitei a Ciro e todos os seus caminhos endireitarei;ele edificará a minha cidade e libertará os meus exilados, não por preço nem por presentes, diz o SENHOR dos Exércitos" (Is 45.13).
Uma grande alegria tomou conta dos exilados na babilônia que, agora, podiam voltar para a terra de Israel: "Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o SENHOR tem feito por eles. Com efeito, grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso, estamos alegres" (Sl 126.1-3). Foi como a volta do filho prógido, ou a devolução da posse da terra para a família no ano do jubileu! A alegria da salvação, o júbilo pela ação de Deus na vida do seu povo, trazendo restauração! O povo havia caído na idolatria contra Deus e na injustiça contra o próximo, mas a graça e a misericórdia de Deus são maiores que a sua ira (Dt 5.6-10!).
Como os exilados, que voltaram para a terra de Israel, precisamos aprender a nos alegrar com a ação de Deus na nossa história. Deus é vivo e age hoje na história. E nós, cristãos, temos muito maior motivo para a alegria: o SENHOR não apenas nos livrou da opressão da terra estrangeira, mas em Cristo nos fez cidadãos do Reino de Deus! Cristo morreu pelos nossos pecados, ressuscitou para a nossa salvação, derrotou todos os inimigos de Deus, e está agora a direita do Pai, reinando e intercedendo por nós, até Aquele Dia, tão aguardado por nós, quando Ele virá e fará novas todas as coisas e enxugará dos olhos toda lágrima! Esta tão grande salvação deve renovar em nós a alegria que não depende de circunstâncias, as quais mudam a todo instante, deve nos levar a confiar na graça de Deus, que nos conduz a uma vida de justiça e de resistência a toda forma de opressão e violência! " Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos" (Fl 4.4).

2) O CLAMOR POR SALVAÇÃO (v. 4)
Se o SENHOR havia manifestado sua ação salvadora para os judeus que voltaram do exílio, por que eles clamam novamente por salvação? Ora,
"Restaura, SENHOR, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe" (Sl 126.4).
Compare o verso 4 com o verso 1: "Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha" (Sl 126.1).
 Os exilados voltaram para a terra prometida, mas a cidade e o templo estavam destruídos. Ora, algo semelhante acontece conosco! Não cremos que a graça de Deus nos livra de todos os problemas, ou que, a partir da graça, sejamos autosuficientes e não precisemos mais de Deus! Muito pelo contrário! Quem crê em Deus conforme o ensino e o testemunho das Escrituras sabe e reconhece que a nossa vida pertence a Deus e que somos dependentes de Deus, que precisamos da graça e da misericórdia de Deus a cada dia (Lm 3.21-24). Este sentimento deve produzir em nós compaixão e humildade! A compaixão e a humildade da dependência de Deus devem nos conduzir a ter compaixão do próximo!
O salmista clamara ao SENHOR, para que a sorte do povo fosse restaurada, como as torrentes do Neguebe. O Neguebe é uma região desértica, na qual os rios secam nas estações das secas, mas brotam de forma maravilhosa e surpreendente na estação das chuvas, enchendo a paisagem de vida e beleza. O salmista não esqueceu o que afirmara no verso 1, mas nos lembra que quem um dia conheceu a graça e a misericórdia de Deus continua dependente de Deus. E o SENHOR é poderoso para nos surpreender com a sua bondade, como as águas do Neguebe!
Em Cristo, cremos que somos perdoados, amados e aceitos por Deus. No entanto, durante toda a nossa vida continuamos precisando a cada dia da graça, do amor, da misericórdia e do perdão de Deus. É um processo no qual buscamos fazer não a nossa própria vontade, mas a vontade de Deus. Enquanto a vida cristã prossegue em direção a santificação, ou seja, a uma vida nova em Cristo, guiados pela Palavra e no poder do Espírito Santo, somos transformados por Deus, de glória em glória, e o caráter de Cristo é formado em nós. A salvação é uma caminhada, um processo, que já teve início com a fé em Cristo, mas só estará completa na ressurreição, quando, nas palavras do Apóstolo Paulo, "agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido" (1Co 13.12). Assim, durante a sua vida, o cristão faz suas as palavras do salmista: "Restaura, SENHOR, a nossa sorte, como as torrentes do Neguebe"!

3) O CHAMADO DOS SALVOS (vv. 5-6)
Todo aquele que conhece a graça e a misercórdia de Deus, do Deus amoroso que é poderoso para escrever uma página nova na história da nossa vida, apesar dos nossos erros e pecados, é também alguém chamado por Deus. Não somos chamados por Deus apenas para desfrutar da salvação, da ação generosa de Deus na nossa história, mas também para nos tornarmos seus servos, seus cooperadores (1Co 3.9).
Israel tinha consciência do seu chamado, de ser luz para as nações (Is 51.4). Israel falha na sua missão, mas o Messias, Jesus Cristo, "filho de Davi, filho de Abraão" (Mt 1.1), veio ao mundo para que a graça e a misericórdia de Deus alcançassem as nações. Hoje, o Corpo de Cristo, que é a sua Igreja, ou seja, os filhos e filhas de Deus espalhados por toda a terra, tem o chamado de seguir a Jesus, no caminho da cruz que conduz à glória de Deus.
"Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes" (Sl 126.5-6).
Quem traz consigo a alegria da salvação e o clamor contínuo por salvação é chamado pelo SENHOR da seara para tomar a cruz da semeadura e, assim, participar da colheita gloriosa! Os que voltaram do exílio agora se tornaram agentes da reconstrução daquilo que foi destruído. Neste momento novo, nesta nova etapa, precisavam da graça de Deus para reconstruir a cidade e o templo. O salmista tem consciência de que a semeadura precisava ser realizada, em meio a muitas dificuldades (lágrimas), pois houve muita oposição contra a reconstrução de Jerusalém e do templo (Ed 4.24-5.4; Ne 5.1-5).  Mas o salmista tem também a fé de que o SENHOR auxiliaria o seu povo, para que Seus propósitos fossem realizados. Seu trabalho, debaixo da graça de Deus, não seria vão, mas teria como resultado a alegria da colheita!
Em Cristo, aqueles que são alvo do amor, da graça, da misericórdia e do perdão de Deus são chamados por Cristo:
"Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mt 28.19-20).
A alegria da salvação e a ação contínua do salvador nos conduzem para a missão que Deus confiou ao seu povo, pela graça de Deus Pai, em Cristo e no poder do Espírito Santo. Nossa preocupação hoje não deve ser com edifícios (Jerusalém, Templo), mas o edifício novo, a Igreja de Cristo, homens e mulheres que são edificados sobre a Pedra Angular, que é Cristo. Chamados a semear a Palavra de Deus num mundo hostil a Deus e a Seu Filho Jesus Cristo.

CONCLUSÃO
Os exilados tinham consciência da sua história: um povo chamado por Deus para ser luz para as nações, para testemunhar a graça e a misericórdia de Deus, mas que, na sua caminhada, tropeçou na idolatria e na injustiça. Mas os pecados do povo não afastaram a fidelidade de Deus, que age em favor do mesmo povo para restaurar a sua sorte, trazendo para a terra de Israel novamente os que foram cativos na babilônia. Na terra de Israel, o povo continua passando por lutas e dificuldades, expressando a contínua dependência da provisão de Deus. Ao mesmo tempo que desfruta da graça e da misericórdia, o povo é chamado também para servir a Deus com alegre consagração, na reconstrução da cidade santa e do templo.
Somos cristãos, participamos da graça de Deus em Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador. Hoje não estamos preocupados em reconstruir Jerusalém ou o seu templo, que foi destruído desde 70 d.C., mas na vida das pessoas, na edificação do Corpo de Cristo.  Nosso Senhor nos trouxe amor e perdão, continua renovando e transformando a nossa vida, mas nos chama para o serviço no Reino de Deus: obedecer a Palavra de Deus, anunciar o Evangelho do Reino, fazer discípulos de Cristo entre as nações, ensinando a Palavra de Deus para que o povo de Deus seja "capacitado para toda boa obra" e, enfim, conduzindo aqueles que abraçaram a fé em Cristo ao batismo (Mt 28.19-20).
A graça de Deus que traz perdão e a alegria da salvação é a mesma graça que nos transforma e conduz a uma nova vida em Cristo, assim como é a mesma graça na qual somos chamados para sermos discípulos de Jesus, homens e mulheres que tomam a sua cruz, que semeiam com lágrimas, para participar da alegria da grande colheita, no Reino de Deus!
Que Deus, o Pai, nos abençoe, para sermos encontrados na graça do Seu Filho Jesus Cristo, servindo com fidelidade no poder do Espírito Santo!

Ressurreição ou Reencarnação?

INTRODUÇÃO

Há conciliação possível entre fé cristã e reencarnação? A resposta é muito clara e muito simples: NÃO! Mas por que não? Vamos entender?

A tensão entre a Fé Cristã e a doutrina da Reencarnação está ligada à uma doutrina cristã fundamental: a Ressurreição.

A essência do Evangelho, ou seja, a essência da doutrina cristã, é a ressurreição de Cristo, o que fica muito claro em 1Coríntios 15.1-5, onde o Apóstolo Paulo define com muita clareza o que é o Evangelho:
"Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e RESSUSCITOU ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze" (1Coríntios 15.1-5 - destaques acrescentados).
Ou seja, qual é a mensagem do Evangelho? As Boas Novas da Salvação em Jesus Cristo: Ele morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa salvação! Vamos entender estas afirmações com mais detalhes...


1) QUATRO CONCEITOS IMPORTANTES

Há quatro conceitos que precisam ficar bem claros: ENCARNAÇÃO, RESSUSCITAÇÃO, RESSURREIÇÃO E REENCARNAÇÃO.

Segundo a Bíblia, a ENCARNAÇÃO ocorreu apenas uma vez, apenas com uma pessoa, ou seja, apenas com o Filho de Deus. Encarnação é o nome que se dá ao evento em que o Filho de Deus deixa a sua glória, vem ao mundo, e se faz carne (gente), por obra do Espírito Santo, nascendo da virgem chamada Maria (Lucas 1.26-38; João 1.1-14).

RESSUSCITAÇÃO é algo que acontece com alguns personagens da Bíblia, como, por exemplo, com Lázaro, irmão de Marta e Maria. Lázaro morreu, mas Jesus fez com que ele voltasse à vida. No entanto, esta ainda não é a vida eterna, pois Lázaro morre novamente. Ressuscitação é uma volta à esta mesma vida, ainda sujeita à morte (1Reis 17.17-24; Marcos 5.35-43; João 11.38-45).

RESSURREIÇÃO é a vitória definitiva de Jesus Cristo sobre a morte. Jesus morre na cruz do Calvário numa sexta feira, permanece morto no sábado, mas ressuscita ao terceiro dia, num domingo. Há uma diferença muito grande entre RESSUSCITAÇÃO e RESSURREIÇÃO. Lázaro passou por uma ressuscitação, mas morreu novamente. Jesus Cristo passou pela ressurreição, e a morte não tem mais domínio sobre Ele. Até o momento, o único que passou pela RESSURREIÇÃO é Cristo (Mateus 28.1-10; Atos 1.1-3; 1Co 15.3-4). Um dia, os mortos em Cristo vão passar pela RESSURREIÇÃO e, naquele dia, viveremos eternamente, pois a morte não terá mais domínio sobre nós (1Co 15.20-28).
Outra questão fundamental sobre a RESSURREIÇÃO é que ela está necessariamente ligada ao corpo físico, que será, na volta do Senhor, transformado em corpo glorificado:
"Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual TRANSFORMARÁ o nosso CORPO DE HUMILHAÇÃO, para ser igual ao CORPO DA SUA GLÓRIA, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas" (Filipenses 3.20-21 - destaque acrescentado).
"Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo(Romanos 8.22-23 - destaque acrescentado).

Esta relação entre RESSURREIÇÃO e corpo físico fica clara nos Evangelhos. Ao ressurgir, Jesus não se manifesta como uma "alma penada", ou seja, como um espírito sem corpo, mas a sua ressurreição inclui o corpo; por isso o túmulo estava vazio (Marcos 16.1-8); por isso, Jesus come e bebe com os seus discípulos após a ressurreição (Lucas 24.36-43). É por isso que o Credo Apostólico afirma com clareza: "Creio na ressurreição do corpo"(1).
Você pode visitar o túmulo de qualquer fundador de religião, e lá vai encontrar onde estão seus restos mortais. No entanto, no túmulo de Jesus você não vai encontrar corpo algum, pois Ele não está entre os mortos; Ele Vive! Além disso, Jesus Cristo não veio fundar religião, mas trazer o Reino de Deus.

REENCARNAÇÃO. Allan Kardec, em seu livro "O Evangelho segundo o Espiritismo", define REENCARNAÇÃO da seguinte maneira:
"A reencarnação é o retorno da alma, ou Espírito, à vida corporal, mas em um outro corpo novamente formado para ela, e que nada tem de comum com o antigo" (2).
Kardec afirma que "a reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição" (3), o que é um grande engano. Enquanto a doutrina bíblica da RESSURREIÇÃO, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, pressupõe o corpo físico, a doutrina da REENCARNAÇÃO despreza o corpo da suposta encarnação passada.
Fica evidente que a REENCARNAÇÃO é uma doutrina completamente estranha à fé cristã. Ora, a Escritura Sagrada afirma com clareza:
"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação" (Hebreus 9.27-28 - grifo acrescentado). 


2) BREVE PANORAMA DA DOUTRINA BÍBLICA

Deus criou tudo muito bom (Gn 1.31), inclusive o ser humano, macho e fêmea, criados à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26-27). O ser humano tinha um relacionamento perfeito com Deus, com o próximo, consigo mesmo e com a criação de Deus, tendo inclusive dado nome a todos os animais.
Deus sempre pautou o seu relacionamento com o ser humano na dinâmica da LIBERDADE com RESPONSABILIDADE:
"E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gênesis 2.16-17). 

Mas o ser humano não deu ouvidos à Palavra de Deus, que o chamava para uma vida de liberdade e responsabilidade, e resolveu dar ouvidos à outra voz, à voz da serpente:

"Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu" (Gênesis 3.1-6 - destaque acrescentado).
O pecado trouxe uma crise profunda ao ser humano, pois todas as suas relações foram afetadas: a relação com Deus (crise teológica), a relação com o próximo (crise sociológica), a relação consigo mesmo (crise psicológica) e a relação com a criação de Deus (crise ecológica). A partir de então, as relações humanas estão afetadas pelo pecado e, por extensão, pelo seu coroamento, a morte. Segundo a fé cristã, a morte não é uma amiga, mas uma inimiga:
"O último inimigo a ser destruído é a morte" (1Coríntios 15.26).
O que a Bíblia ensina nos três primeiros capítulos do Gênesis é que Deus é o Criador dos céus e da terra, um Deus de amor que cria tudo aquilo que é necessário para que o ser humano viva e tenha uma vida feliz. No entanto, a Palavra de Deus foi desprezada pelo ser humano, e o pecado trouxe a humanidade à uma situação de crise em todas as suas relações, e o pecado trouxe a morte. Nada que o ser humano possa fazer pode reparar o mal que ele mesmo fez, ao se rebelar contra a Palavra amorosa de Deus. Ora,
"Todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3.23).
Mas como superar a alienação, a crise profunda em todas as esferas de relacionamento humano e, enfim, como superar o pecado e a morte? Como alcançar redenção? O potencial humano é muito grande, pois fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Os seres humanos tem capacidades que sequer conhece ainda. No entanto, todas as suas forças e capacidades não podem reparar o mal que foi feito. Deus nos criou para o bem e as boas obras. Quando fazemos o bem, não estamos fazendo mais que a nossa obrigação, pois somos criados à imagem e semelhança de um Deus bom e amoroso. Mas quando fazemos o mal, estamos em dívida, uma dívida que não pode ser paga com boas obras. Sendo assim, toda a humanidade estava debaixo do juízo de Deus. Mas como superar este juízo, como superar a crise em todas as esferas de relacionamento? Como viver uma vida plena?

A resposta cristã é a Ressurreição de Cristo. Deus fez por nós aquilo que nós não poderíamos fazer. Nossos pecados são uma dívida impagável. As outras pessoas não podem nos ajudar, pois estão na mesma condição, e uma pessoa sem dinheiro e com dívida não pode socorrer outra sem dinheiro e com dívida. Assim, Deus fez por nós o que nós não poderíamos fazer por nós mesmos: Deus enviou o Seu Único Filho ao mundo, para nos trazer salvação. O Filho, por meio de quem tudo o que existe foi criado, deixou a sua glória, veio ao mundo, e se fez homem, através da ação do Espírito Santo numa virgem chamada Maria. O Filho de Deus se fez carne, e recebeu o nome de Jesus. Jesus de Nazaré foi o único homem que foi tentado em todas as coisas, mas sem pecado:
"Não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado" (Hebreus 4.15).
O Filho de Deus se fez gente (Jo 1.14), assumiu toda a miséria e fraqueza humana, e depois de viver uma vida sem pecado (Hb 4.15), a si mesmo se entregou por nós (Gálatas 1.4), morrendo pelos nossos pecados na cruz do Calvário, para trazer perdão para os nossos pecados. Mas Jesus não permaneceu morto, pois ao terceiro dia, num domingo, Ele ressuscitou dentre os mortos, vencendo o pecado e a morte. Ao vencer o pecado e a morte, Jesus Cristo envia aos nossos corações o Espírito Santo, que nos restaura e transforma para uma nova vida. A vida no Espírito é uma vida de constante arrependimento do mal, de renovação da mente e de manifestação do poder de Deus, que nos transforma de glória em glória. O Espírito Santo é o sinal e selo da nossa salvação, é a garantia de que, após a morte, vamos ressuscitar à semelhança de Cristo, e viveremos para sempre na presença gloriosa de Deus.

Portanto, a salvação e o desenvolvimento espiritual, na mensagem cristã, estão ligados à cruz e à ressurreição de Cristo, numa vida nova, vivida no Espírito. A ideia de que o desenvolvimento humano se dá através de sucessivas reencarnações é completamente estranha à mensagem do Evangelho. Isso fica claro em Hebreus, em que se afirma com toda a clareza:
"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação (Hebreus 9.27-28 - destaques acrescentados).

3) TEXTOS BÍBLICOS USADOS NA POLÊMICA

Algumas pessoas que acreditam na doutrina da reencarnação querem fundamentar suas convicções nas Sagradas Escrituras. Alguns dos textos bíblicos mais utilizados (incorretamente) são os seguintes:  Mateus 11.12-15; 16.13-17; 17.10-13; Marcos 6.14-15; Lucas 9.7-9; João 3.1-12. Vamos, a seguir, apresentar brevemente estes textos da Bíblia e verificar se eles dizem respeito à fundamentação da doutrina da reencarnação.

a) Mateus 16.13-17:
"Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?  Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus".
Jesus pergunta para seus discípulos quem o povo afirma ser o Filho do Homem, e a resposta é clara: "Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas". Mas era essa a opinião de Jesus e dos seus discípulos? Não! Jesus pergunta novamente: "Mas vós, quem dizeis que eu sou?". Então, Pedro responde: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Ou seja, Jesus não era nem João Batista, nem Elias, nem Jeremias ou algum dos profetas. Ele é o Cristo, o Filho do Deus vivo! Assim, este texto bíblico fundamenta a doutrina da ENCARNAÇÃO, e de modo algum a doutrina da reencarnação.
Mateus 16.13-17 não oferece fundamento algum à doutrina da reencarnação. Vamos dar um exemplo. Alguém diz: "O João acredita que Jesus é João Batista, mas eu afirmo que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo". Acaso a afirmação é favorável à doutrina da reencarnação? Pois é exatamente o caso de Mateus 16.13-17. Além disso, mesmo neste caso, a identidade de Jesus com Elias por parte de alguns do povo não tem relação com reencarnação, pois Elias não morreu, mas foi arrebatado. Além disso, o fato de a multidão identificar Jesus com Jeremias ou algum dos profetas ou mesmo com João Batista não impõe a ideia de reencarnação (veja abaixo comentário sobre Marcos 6.14-16), pois no judaísmo de então os fariseus formavam um grupo de grande importância sobre o povo, e eles criam na ressurreição (Atos 23.8).

b) Mateus 17.10-13.
"Mas os discípulos o interrogaram: Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? Então, Jesus respondeu: De fato, Elias virá e restaurará todas as coisas. Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram; antes, fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem há de padecer nas mãos deles. Então, os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista".
Novamente, este é um texto que só pode ser utilizado para fundamentar a doutrina da reencarnação se você violar todas as regras de interpretação. Os discípulos perguntam por que os escribas afirmam ser necessário que Elias venha primeiro. Jesus afirma que Elias já veio, que foi morto, e que Ele mesmo também iria morrer nas mãos dos escribas. Quando Jesus afirma que Elias já veio, os discípulos entenderam que Jesus estava se referindo à João Batista. Mas este texto está mesmo falando de reencarnação? Não! Vejamos.
Se este texto for lido isolado, é possível tentar fundamentar a doutrina da reencarnação, pois, afinal de contas, se Elias deveria vir primeiro e se Elias é João Batista, então o texto parece fazer referência à reencarnação. Mas não é o caso. Em primeiro lugar, não podemos isolar o texto do contexto. Por exemplo, alguém pode dizer: "Eu não gosto de mosquito. Eu mato qualquer um que aparecer". Se você citar a fala sem a primeira parte, o texto fica assim: "Eu mato qualquer um que aparecer". Ora, então o locutor era um assassino de pessoas? Não! A frase foi retirada do contexto! É o que acontece com Mateus 17.10-13: Ele deve ser lido com Mateus 17.1-9:
"Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. Então, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias. Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. Ouvindo-a os discípulos, caíram de bruços, tomados de grande medo. Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos e não temais! Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão Jesus. E, descendo eles do monte, ordenou-lhes Jesus: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do Homem ressuscite dentre os mortos".
Viu como ficou claro? Como você pode afirmar que o João Batista é a reencarnação de Elias, se o próprio Elias aparece no monte, diante de Jesus, Tiago, Pedro e João? A esta altura do Evangelho segundo Mateus, João Batista já havia morrido e, se ele fosse a reencarnação de Elias, quem apareceria no monte não seria Elias, mas o próprio João Batista.
Além disso, a Bíblia afirma que Elias não morreu, mas que foi elevado ao céu sem passar pela morte e, portanto, não pode reencarnar sem morrer! (2Reis 2.1-12).
Outra coisa, a pergunta dos discípulos ("Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro?") é uma referência à um texto do profeta Malaquias, que diz:
"Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição" (Malaquias 4.5-6).
O texto de Malaquias afirmou que o profeta Elias viria. Em Mateus 17.1-9 Elias aparece no monte, juntamente com Moisés, diante de Jesus e 3 de seus discípulos. João Batista já havia morrido e Elias ainda não morreu. Onde estaria mesmo o fundamento para a doutrina da reencarnação neste texto bíblico?

c) Marcos 6.14-16.
"Chegou isto aos ouvidos do rei Herodes, porque o nome de Jesus já se tornara notório; e alguns diziam: João Batista ressuscitou dentre os mortos, e, por isso, nele operam forças miraculosas. Outros diziam: É Elias; ainda outros: É profeta como um dos profetas. Herodes, porém, ouvindo isto, disse: É João, a quem eu mandei decapitar, que ressurgiu".
Ora, o próprio texto bíblico fala claramente de ressuscitação ou de ressurreição, mas não de reencarnação!

d) Lucas 9.7-9.
"Ora, o tetrarca Herodes soube de tudo o que se passava e ficou perplexo, porque alguns diziam: João ressuscitou dentre os mortos;  outros: Elias apareceu; e outros: Ressurgiu um dos antigos profetas.  Herodes, porém, disse: Eu mandei decapitar a João; quem é, pois, este a respeito do qual tenho ouvido tais coisas? E se esforçava por vê-lo".
Novamente, o texto não fala em hipótese alguma de reencarnação. Veja só:
- "alguns diziam: João ressuscitou dentre os mortos" - ou seja, referência à ressuscitação ou ressurreição.
- "outros: Elias apareceu" - ou seja, uma vez que Elias não morreu, não tem relação alguma com reencarnação.
- "e outros: Ressurgiu um dos antigos profetas" - novamente, referência à ressuscitação ou ressurreição.

e) João 3.1-12.
"Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo. O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito. Então, lhe perguntou Nicodemos: Como pode suceder isto? Acudiu Jesus: Tu és mestre em Israel e não compreendes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto; contudo, não aceitais o nosso testemunho. Se, tratando de coisas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?
A grande questão aqui é a expressão "nascer de novo". Mas, afinal, o que significa "nascer de novo"?A expressão "nascer de novo" não significa "reencarnar", pois Jesus mesmo explica o sentido: "Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo" (vv. 5-7). A expressão "nascer de novo", tão comum no Evangelho segundo João e às cartas de João, corresponde à expressão "nova criatura" presente nas cartas de Paulo, e fazer referência à nova vida no Espírito de Cristo, que tem início quando cremos em Cristo e somos batizados. Além disso, a expressão "o que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito" é iluminada, por exemplo, na leitura de Gálatas 5.16-26, onde "carne" e "Espírito" aponta para dois tipos de vida: uma vida vivida segundo padrões terrenos e carnais de pecado, injustiça e opressão, por um lado, e a nova vida no poder do Espírito de Cristo, livre, justificada e libertadora, por outro lado. Nascer da água e do Espírito não é referência à reencarnação, mas sim à nova vida debaixo da graça de Deus, vivida no Espírito de Deus. Ora,

"Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna" (Tito 3.4-7).

Portanto, nenhum dos textos bíblicos tradicionalmente citados por adeptos da doutrina da reencarnação fundamentam esta doutrina. Quem acredita nesta doutrina deve recorrer a outros textos, mas não à Bíblia, que jamais dá suporte para a doutrina da reencarnação.



CONCLUSÃO
 Nosso intuito neste post não é criticar as pessoas que acreditam na doutrina da reencarnação, mas simplesmente apresentar os motivos pelos quais esta doutrina não é compatível com a fé cristãtal como apresentadas nas Sagradas Escrituras. A fé cristã fala claramente em encarnação (o Filho de Deus se faz carne, assumindo a nossa humanidade), ressuscitação (um morto volta à vida) e ressurreição (Jesus Cristo vence a morte e a supera para sempre, e um dia trará esta ressurreição à todo o povo de Deus). No entanto, a Bíblia não fala em momento algum de reencarnação.

Encerramos com as palavras do Apóstolo Paulo:

"Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos (1Coríntios 15.20-28).

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